domingo, 19 de agosto de 2007

| Desafinada-mente... |

" Desafinada-mente..." (vamos nos afinar com ‘Flowers’ de Emilie Simon)



... mais de um ano se passou.

Como começo, um restaurante.
Horas rápidas e certeiras.
Meio dia, sem início e fim. Apenas Quântico.

Sempre em dois. Eu e ela.
Ela com ele assim como irmãos.
Eu com ela assim como amigos sem cor.

Salada e moto ao molho da vontade.
Receita pronta não existe.
Gosto de comida, ela sobre a mesa.

Livro na mão que falava de vida casada
com a morte em plena lua de mel.

Era só um conto?

Apelido em Francês.
Acesso difícil.

Conheci deste jeito.
Menina verde, hoje mulher doce.

Ela é suave e atrevida.

Abraços de dedos.
Desejei mais que isso e ela nem soube.

Eu do lado oposto ao Sul... Temporariamente.
com sonho realizado.

Não presto por pensar. Ela também não!

Cinta liga faz parte do meu presente.
Moulin Rouge? Não paguei pra ver.

Minha chave lhe custou R$ 1,50.
Quem dá mais?

Ela arquiteta planos como quem faz contos.
Até me matou para fazer uma novela mexicana.

Noite de lua com cara de Alice esperando a maravilha.
Foi assim que fiquei.

E me contento com bits.
Tela pequenina como os pés dela.

-Eu te mostraria minha cama, se não tivesse tão bagunçada.

Cem vezes para escovar o cabelo, não é o suficiente
para esquecer.

Ela é sempre várias.

Se todo palavrão fosse bem vindo, eu GRITARIA: QUECOISALOUCAÉTUACINTURAABRAÇADAPORTRÁSPUTAQUEOPARIU.

Como criança de dez anos de idade, deixo meus post-it
com a sombra da dúvida.

Meu balcão fala baixinho, quase sussurrando:

-Tenha ela aqui, sempre em vista, de preferência em cima de mim, molhada e ofegante.
Melhor visão não há!

Eu disse sem me conter:

-Não rebola!

E o meu “não” é sempre seu alimento predileto.
Um dia terei surpresa se o “sim” vier.

Amizade que nos sustenta.
Desejo é o que somos.
Tesão? Há o tesão... Preciso completar?

E pensar que nas ruas de tão, tão distante, lá longe, bem depois do Oceano Atlântico,
eu escolheria nada mais, nada menos, que uma simples rua para poder te ter,
assim, pendurada em meus ombros.

Olha como esse mundo dá voltas...
E ainda me sinto com dez anos de idade.

Se isso é bom? Só o tempo vai dizer...



Edu Ferr.

(Foto de uma artista de rua em Paris. Temos muito por aqui e nem notamos)

2 comentários:

AnaLoo disse...

Tudo é arte e nem notamos.

Flowers da Emilie? Tou mais pra Désert.

E o engraçado é que se passar a música do francês para o inglês o sentido muda. Acho que você captou. ;D

Sweet Pimenta disse...

anrammmm...

agora eu tb tenho um blog

(e eh rosa - em sua homenagem!)

hahahahahahahha

beijo Galampeão