
Gente solta, leve...
Ando sem pressa e com olhos fechados.
Parado em meu sentido que é puro instinto.
Vejo corpos ocupando o mesmo espaço.
Lei da gravidade só existe para penas altas
como não dar chance.
Eles, como laboratório ao ar livre, seguem se enroscando
contrariando possivelmente o desejo de ser uma maçã recém nascida.
Ser lúdico ao cubo, sem raiz quadrada me segurando firme, me faz somar forças
e querer dividir o que tenho, sem posse.
Um gole gelado do passado engarrafado.
Lentamente visualizo minha lágrima atingindo meus dedos
como um torpedo sendo lançado em alto mar.
Teclas afudam com a velocidade da luz rompendo até à barreira
do... do... do...
Lembrar relativamente que o teu café quase frio de hoje, que vai sendo tomado
pela segunda vez em uma caneca de estimação, é a forma mais absoluta
de esquecer que tenho medo de ir.
Um gole gelado do passado.
Os dois corpos agora sozinhos refletem o que um dia foi fogo em plena combustão.
Quero pó químico. Água dá choque.
Um gole gelado.
Um gole.
Um... dois...
Um pra lá... dois mais distante.
Edu Ferr.