
Janela Aberta?
Ventilador ligado?
Persiana batendo?
Acidente de carro na esquina?
Pessoas na rua falando como se estivessem do seu lado?
Não!
Foi só um pequeno e curto um beijo na nuca.
Foi isso que me fez pegar fogo e acordar com os olhos ainda fechados.
Lençóis para servir de testemunha, uma pequena luz em forma de lua ligada na cabeceira da cama. O silêncio do oxigênio sendo puxado.
Cadê meu ar?
Não lembro quando, mas não lembro mesmo! Faz muito tempo...
Vi o céu, as estrelas e até os anéis de saturno... E agora, só faltava às pequeninas nuvens. Já às vi!!! Olha que lindo... assim, tão redondo... durinho, macio... cabe no céu da minha boca.
Tatear com a língua foi instinto.
Cheirar com os olhos foi opção.
Meu pulso ficou rígido e pronto para ver as três Marias.
O ponto “G” não é o alvo.
Naquele momento não importava quem era a flecha ou o arco.
Ser único ao natural.
Pressão que nada. São só meus dedos planando naquele mundo recém descoberto.
Não me sinto um E.T. Sou de carne e osso.
Fui abduzido e não percebi. Que bom!
Como em um quebra-cabeça de duas mil possibilidades esperando para deixar de ser muitos e se transformar em um... perfeito, firme, forte, intenso passeio de coxas.
Os olhares se cruzam. Sentir é o efeito. Qual será a causa?
Perco o sentido.
Meu corpo está queimando.
Suor é o combustível.
Não pára!!! Não pára!!!
...
E o silêncio que não incomoda, se faz mais uma vez presente.
Nariz com nariz. Oxigênio sendo reciclado... e aos poucos, o sorriso é descortinado com um lindo nascer do sol incomum para aqueles dias de chuva.
Bom dia!
Edu Ferr.
Um comentário:
"E o que vale são seus braços, quando de noite me abraçam"
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